Sinistros Insones - William Teca
Seg Jun 04, 2018 1:16 pm
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"poemas não austeros escritos por uma pessoa austera"
Livro de poemas contemporâneos do poeta curitibano William Teca
Sinistros Insones
Autor: William Teca
Ano: 2017
Editora: independente + Clube de Livros + Catalina.
A existência é uma trapaça. É isto que Teca nos diz em Sinistros Insones. Não pretendo resenhar aqui aspectos formais e cumprir todo o protocolo sobre este livro de poesia. Aliás, isto diante desse trabalho seria um crime. Sinistros Insones trata-se, antes de mais nada, de um livro sobre a dor do mundo. Parece inegável, ao visualizar a composição de que ele se vale, que estejamos lidando com uma realidade inconclusa: certamente, Sinistros Insones é a noção de um livro incompleto. Teca não se torna poeta, não se faz poeta: o agir poético reside diante da impossibilidade da conclusão de sua finalidade. Diante dessa contradição, é ele o homem dos cigarros a arder entre os dedos, a observar as polaquinhas desfilarem rebolantes pelos quiosques dos cachorros-quentes da madrugada do centro-velho de Curitiba com o umbigo de fora. A poesia em Teca é da ordem do marginal, em que o explícito e escancarado de uma realidade de uma noite mal dormida desflora ante o espectro do cansaço. É na embriaguez que se recontam os meandros das gentes que são despojos, esquecidas entre os quarteirões, nos pequenos botecos e bibocas. Teca é um Sinistro, Sinistro como aquele que voa pelo thunderbolt da praça do expedicionário, em chinelos de dedo a retomar a dura experiência da realidade como um acesso de melancolia. A cada tragada de uma proximidade com a morte, nota de imediato o fatal destino de todas as coisas numa coincidência com o viver.
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